sábado, 26 de março de 2016

Começando os trabalhos...



Nasci em um ano olímpico e minhas primeiras memórias olímpicas remontam a Barcelona 1992. Parece mentira, mas tenho lembranças de ver algumas coisas na televisão sobre e até de ter uma revista em quadrinhos da Luluzinha com o tema.

De toda sorte, as minhas recordações mais antigas e vivas são das Olimpíadas de Atlanta 1996. Estes foram realmente Jogos marcantes para mim! Eu assistia a tudo pela TV, pedia para meu pai comprar o jornal do dia e saía recortando as fotos dos ídolos olímpicos, como Gustavo Borges. A música tema dos Jogos, Reach, interpretada por Gloria Stephan, faz parte até hoje da minha playlist de preferidas. Eu sabia até tocá-la no piano...

Nessa época, eu coloquei na minha cabeça que seria jogadora de vôlei, talvez influenciada pelas "Anas" da Seleção na época - Paula e Moser (detalhe que nunca havia pego numa bola - rs). Lembro muito da final brasileira do vôlei de praia feminino entre Sandra e Jackie Silva e Mônica e Adriana e da final do basquete feminino, em que ficamos com a medalha de prata, com a sensacional geração de Magic Paula e Hortência, o que me incentivou a fazer escolinha de basquete.

Dobradinha brasileira na primeira olimpíada do vôlei de praia [1]
Dos Jogos de Sydney 2000, confesso que não vi muita coisa, devido ao horário. Já Atenas 2004, são, até hoje, meus Jogos preferidos! Recorde de medalhas de ouro ainda não superado! Houve caso de medalha extemporânea, com o cavaleiro Rodrigo Pessoa recebendo apenas depois; teve a invasão do padre irlandês que tirou as chances de Vanderlei Cordeiro de Lima conquistar sua medalha de ouro e teve a coroação da geração de ouro do vôlei de quadra masculino, com Giba e companhia.

Também foi uma Olimpíada que me marcou pelo que poderia ter sido e não foi: passei vários dias pensando na inexplicável queda da Daiane dos Santos, que lhe custou uma merecida medalha no solo, sua especialidade; sem falar no inesquecível 24x19 na semifinal feminina do vôlei de quadra, que quase marcou para sempre uma geração.

Em Pequim 2008, o horário incomum, vulgo corujão, não foi empecilho para que acompanhasse com bastante interesse e atenção os Jogos. Pelo contrário, até facilitava: acordava super cedo e, depois de ver as partidas, ia para a aula. Na livraria que ficava na faculdade onde estudava, até hoje está a televisão que pedi para levarem para que eu pudesse assistir ao evento mais importante do ano!

Uma lembrança muito marcante desses Jogos aconteceu antes mesmo de eles efetivamente começarem: a lesão de Juliana, do vôlei de praia, que adiou em 4 anos seu sonho olímpico. Porém, também foi o ano da redenção do vôlei de quadra feminino, confirmando de vez seu favoritismo e resgatando sua alma deixada em Atenas, como falou o técnico na oportunidade. Também o mundo conheceu o jovem Cielo, que abocanhou duas medalhas; além de Maurren Maggi e a minha pequena xará dizendo que "queria a prata" (rs). Teve Bolt, teve Phelps...


Em 2012, Londres, vivi ainda mais intensamente, tendo sofrido muito com a derrota de Larissa e Juliana na fatídica semifinal contra Kessy e Ross; mas também vi a grande reviravolta do time brasileiro feminino de vôlei de quadra e a arrancada para o bicampeonato olímpico. Foi também o ano em que tive a oportunidade de ver de perto uma medalha olímpica pela primeira vez na vida e até tê-la ao redor do meu pescoço! Inacreditável!

Sentindo o peso de uma medalha olímpica!

Eis que os próximos jogos serão no Rio. Desde o anúncio oficial que venho me preparando para este evento, a ponto de agendar visitas à Cidade Maravilhosa desde 2013 para conhecer seus pontos turísticos ou participar de eventos-teste.

Participei de todas as fases de venda de ingresso, estando com alguns garantidos para acompanhar in loco este evento tão relevante para mim! Até mesmo participar das ações para ser condutora da tocha olímpica faz parte do meu projeto olímpico.

Tudo o que é relacionado a Jogos Olímpicos chama a minha atenção, desde a coleção de moedas de R$1 alusivas à competição, até outros artigos licenciados. Não passo no Aeroporto do Galeão sem visitar a lojinha, a ponto de a vendedora me reconhecer!

Whatever, todos esses fatores, aliados a uma little help from my friends, fizeram-me começar a escrever este Blog. Eis pois a minha experiência pré e olímpica que passo a compartilhar a partir de agora com vocês, sejam bem-vindos! 

[1] http://www.otempo.com.br/superfc/relembre-momentos-marcantes-de-atletas-brasileiros-nas-olimp%C3%ADadas-1.1015391