segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Fechando um ciclo!

Olimpíadas não se resumem às duas semanas de competição. Elas começam bem antes para atletas e aficionados por esportes, como eu.

Confesso que não acompanhei tão de perto o ciclo olímpico de todas as modalidades, o que seria até impossível, já que não faço isso profissionalmente, apenas como hobby, mas, pelo menos do vôlei de praia, e um pouco do vôlei de quadra, posso dizer que acompanhei bem de perto.

O sentimento agora é de fim de festa.

Sempre fico com essa saudade quando acaba qualquer evento esportivo grande, como Copa, Olimpíadas e até o Pan. Não poderia ser diferente quando tudo aconteceu no meu País e quando estive lá.


Essas Olimpíadas estarão para sempre na minha memória e no meu coração! Até a chama olímpica eu tive a honra de carregar!

Que saudade daqueles dias maravilhosos na Arena do Vôlei de Praia! Que saudade de subir aquelas escadas em 3 ou 4 sessões por dia, sempre curiosa por onde o destino teria marcado meu lugar! Que saudade de ver aquele mar lindo de Copacabana todos os dias! Que saudade daquele céu com cores lindíssimas, daquela animação da Arena, que era diferente a cada sessão! Que saudade daquelas baterias de escolas de samba, daqueles passistas, daquelas bandas de pop rock! Que saudade daquelas vinhetas que martelavam o juízo até a hora de dormir! Nossa, que saudade! Que saudade de ver os melhores do mundo quase que no "quintal de casa"! Que misto de emoções eu vivi lá! Difícil até descrever em palavras!

Que saudade de usar o transporte público que funcionava e me desafiar indo para cada um dos locais de competição que pude conhecer! Que saudade de encontrar pessoas novas, diferentes, de todos os lugares do mundo ou mesmo conhecidos que não via há algum tempo! Que saudade de ser um pouco carioca por alguns dias! Que saudade de esquecer dos problemas e minha única preocupação ser saber se ia dar medalha ou não!

Mas, como diz Chico Xavier, tudo passa! As coisas boas e também as não tão boas. Ficam o aprendizado, a experiência e as histórias para contar!

Fecho um ciclo. Cumpri meu objetivo com este Blog: compartilhei minhas experiências pré e olímpicas com vocês que dedicaram algum tempo para ler minhas aventuras e desventuras. Agora é hora de voltar à realidade. Quem sabe, daqui a 4 anos, em Tóquio, não tenha mais Sofia nos Jogos? Deus permita que sim!


sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Ouro para Alison e Bruno!

Não tinha ingressos para as finais do vôlei de praia masculino, por isso não estava lá para testemunhar este feito maravilhoso de Alison e Bruno, mas, nem por isso, posso deixar de imaginar como deve ter sido uma energia incrível!

No último dia da Arena do Vôlei de Praia, essa maravilhosa obra de engenharia, que Alison apelidou de "coliseu", que os locutores não cansavam de afirmar que era o local de competição mais animado da Rio 2016, a torcida brasileira, grande responsável por isso, teve uma recompensa merecida: ver uma de suas duplas no lugar mais alto do pódio!

Alison estava na sua segunda final olímpica e Bruno disputando sua primeira Olimpíada. Ambos são gigantes! Alison é um apaixonado por Olimpíadas e joga esta competição com uma gana que transcende qualquer dor, qualquer dificuldade, parece jamais sentir a pressão! Agora ambos têm seu lugar reservado para sempre no panteão da glória!

Alison e Bruno Schmidt final vôlei de praia (Foto: Murad Sezer/REUTERS)
Foto: http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/volei-de-praia/noticia/2016/08/gratidao-de-campeoes-alison-e-bruno-dividem-meritos-do-ouro-olimpico.html

Este ouro veio! O jejum no masculino não era tão longo quanto no feminino, mas lá se iam 12 anos da última douradinha.

Uma conquista muito especial e merecida!

Se falávamos, há alguns posts, de que grandes não tinham medalhas olímpicas, vale lembrar do grande Oscar Schmidt, tio de Bruno, que jamais conseguiu subir ao pódio olímpico, mas ontem pôde ver sua família representada, em casa, e logo no lugar mais alto. E Oscar subiu junto, afinal o nome do Bruno é Bruno OSCAR SCHMIDT.

Com isso, o Brasil já tem sua melhor participação na história olímpica, que antes era justamente 2004. Ainda temos chances de novas medalhas e vamos continuar torcendo até o último dia!

Pena que a Arena de Vôlei de Praia deverá ser desmontada em poucos dias. Quão intensas foram as emoções vividas por todos que lá passaram! Deixará saudade, inclusive na paisagem urbana do Leme e de Copacabana.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Larissa e Talita: um capítulo à parte.

Se alguém me dissesse há 13 dias que as Olimpíadas acabariam assim no vôlei de praia feminino, eu me recusaria a acreditar.

Eu me planejo de estar aqui desde 2009, desde quando o Rio foi escolhido para sediar estes Jogos.

A decisão de vir ao vôlei de praia veio a se fortalecer mais a partir de 2010, quando passei a acompanhar a modalidade mais de perto.

Com a decisão da Larissa de se aposentar, no início de 2013, nunca abandonei a ideia de vir ver o vôlei de praia ao vivo, mas, desde aquele dia, Brasil e México, pela Copa do Mundo, em Fortaleza, quando ela anunciou oficialmente sua volta com a Talita, eu tive certeza de que elas estariam aqui e eu também.

Participei de todas as fases de vendas de ingressos, desde o primeiro sorteio até a fase de venda direta. Como não sabia em que sessões elas estariam, saí comprando tudo, para não correr o risco de não ver algum jogo. Detalhe é que, nesta época, elas ainda não estavam sequer classificadas para as Olimpíadas.

A classificação veio em agosto/setembro de 2015 e foi comemorada aqui no evento teste, no qual elas acabaram campeãs. Eu estava lá, também testando como seriam as Olimpíadas aqui.

Desde que a dupla juntou-se, foram poucas derrotas, muitas vitórias, muitos jogos memoráveis, muitas alegrias.

Vim para cá sonhando junto com elas e com toda a equipe e família que o final poderia ser dourado, diferente dos últimos Jogos, quando a medalha acabou escapando. Quantas vezes as imaginei no alto do pódio, medalha no pescoço, hino nacional entoado pela multidão...

Acompanhei não só cada um dos 7 Jogos destas Olimpíadas, mas boa parte de todos os que fizeram para chegar até aqui.

E vi cada jogo aqui. Estive em cada um deles. Vi darem show nos 3 primeiros. Vi pegarem as algozes de outra etapa e eliminarem a Alemanha 2. Vi fazerem um jogo memorável contra a Suíça no qual tive certeza de que ninguém ganharia mais delas. No final deste, chorei. Lágrimas de alívio e de alegria, pois, durante boa parte do jogo, só pedia a Deus que não deixasse acabar naquele dia. Felizmente, não acabou, tive a chance de vê-las em ação mais duas vezes e, nas duas vezes, terminei com lágrimas nos olhos. Lágrimas, desta vez, de tristeza.

Não se trata de fanatismo, mas de empatia. Sonhei junto com elas com essa medalha e ela não veio. Dói, dói muito, porque mereciam por toda a história que construíram individualmente e enquanto dupla. Dói porque são julgadas por uma nação inteira por duas partidas que viram e não pelo conjunto da obra. Dói porque, enfim, Olimpíadas são Olimpíadas e eu queria vê-las no pódio, muito, muito mesmo, com todas as minhas forças, quase como se fosse eu mesma que fosse ganhar a medalha também. Dói porque conheço quase que cada um da equipe, com quem convivi até mais intensamente nessas Olimpíadas, sempre encontrando antes ou depois dos jogos. Dói porque as duas são pessoas maravilhosas que sou grata de ter conhecido e convivido um mínimo que tenha sido. Dói porque elas foram e serão sempre inspiradoras. 

Então melhor chorar, deixar cair todas as lágrimas que estão presas no peito. Mas a vida segue...

As derrotas fazem parte da vida, ainda mais de atletas profissionais, de alto rendimento. Sem dúvidas não apagam o fato de que foram uma das duplas mais empolgantes que vi jogar, que me proporcionaram momentos de muita alegria. Não apagam a brilhante história e o papel que cada uma tem no vôlei de praia brasileiro. Não muda em nada meu sentimento de admiração e inspiração por elas.

Quero lembrar desses Jogos com alegria. Com alegria de ter visto um gênio, que é a Larissa, jogar Olimpíadas em casa, de ter visto Talita disputar sua terceira Olimpíada também em casa e com gratidão a Deus por tudo e a elas por todos os momentos memoráveis que tiveram até agora. Quantas pessoas não gostariam de ao menos ter estado aqui e não puderam por diversos motivos? Para ver a Larissa no Pan, em 2007, até de um celular emprestado precisei e agora pude vê-la em ação ao vivo, isso vale uma medalha.

Bola para frente, meninas! Não se arrependam de nada! Tudo valeu a pena!




Dia 13. Boulervard e final olímpicas.

Para falar sobre este meu último dia participando de competições no Rio, vou fazer duas postagens. A primeira será esta, que tratará de aspectos esportivos, a outra será mais pessoal.

Bom, tirei a manhã para conhecer o Boulevard Olímpico. Trata-se de uma área revitalizada que recebeu diversas atrações para festejar os Jogos.

Indubitavelmente, é o espaço mais democrático das Olimpíadas. Para entrar lá, não precisa de ingresso, mas, estando lá, você pode sentir bem o clima olímpico. Pode tirar fotografias com a escultura dos Jogos e até mesmo com a pira olímpica que, pela primeira vez na história, não está presa a um estádio, mas no meio do povo. Legal, né?

A pira está lá linda, com a chama olímpica, aquela mesma que ajudei a carregar, flamejando e mantendo aquecido nossos corações.

A noite estava reservada para minha última sessão para a qual tinha ingresso: bronze e final olímpicas femininas.

No bronze, infelizmente, Larissa e Talita não conseguiram a medalha, que ficou com Walsh e Ross.

Na final, a medalha mais cobiçada também não ficou com as brasileiras Ágatha e Bárbara.

As alemãs Ludwig e Walkenhorst tiveram uma apresentação segura, estando à frente em todos os momentos e não dando chances de a medalha escapar.

Kira foi um monstro no bloqueio. Laura não deixava cair nada. Nem o vento forte e inesperado foi obstáculo. No final, festa da torcida alemã que incentivou o tempo inteiro, mesmo em reduzido número. Os gritos de Laura-Kira, que ouvi desde a primeira partida delas, contra o Egito, ecoaram mais alto.

Laura Ludwig, ou Lud, é uma atleta que também admiro e a medalha de ouro ficou bonita nela. Uma atleta meio moleca, que faz a festa no pódio, que sabe falar algumas palavras em português, que parece nunca ter sentido o peso de estar numas Olimpíadas. Lembro de, saindo da arena depois da derrota da semifinal, acompanhada de alguns parentes da Larissa, ter encontrado com ela, que fez uma cara triste e pediu desculpas em português, prontamente abraçando. Também recordo de, em março, tirar foto com ela, que organizou uma animada fila e atendeu todo mundo, gritando próximo para cada nova foto e dizendo último quando chegou minha vez.

Enfim, estive em cada uma das sessões em que houve jogos femininos nestas Olimpíadas. Vi cada jogo e tive a certeza de que estivemos diante de uma das Olimpíadas mais difíceis de todos os tempos. O final não foi de longe o que eu esperava, mas não posso deixar de me sentir privilegiada e grata a Deus por ter presenciado de tão perto tudo isso.

Vai deixar saudades! Já estou com saudades!

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Dia 12. O dia mais triste 2.

O dia de ontem foi tão intenso, que foi preciso fazer outro post para complementar.

Além da derrota de Larissa e Talita, o dia também foi de eliminação para o handebol feminino brasileiro, para o futebol feminino brasileiro e para o vôlei de quadra feminino brasileiro, além de Fabiana Murer.

O futebol, assim como a dupla, ainda terão uma chance de brigar por medalha, enquanto os demais saem sem nem poder disputá-la.

Por outro lado, Alison e Bruno passaram para a final, garantindo a primeira medalha olímpica para a família Schmidt.

Também ontem aconteceu um feito histórico olímpico: Ágatha e Bárbara impuseram a primeira derrota olímpica da vida de Kerri Walsh. Ela fora tricampeã olímpica de forma invicta e consecutiva (2004, 2008 e 2012). Até começarem estes Jogos, ela só tinha perdido 1 set. Nestes Jogos, ela perdeu a invencibilidade.

Walsh chegou a dizer que queria enfrentar este time brasileiro na final. Talvez jamais imaginasse o que o destino lhe reservava.

Walsh é, no vôlei de praia, tipo um Phelps ou um Bolt. Com sua ex-parceira May ela construiu toda essa história que, claro, não será apagada, mas que, ontem, ganhou um novo capítulo.

Não sou torcedora de Ágatha e Bárbara como sou de Larissa e Talita, mas é preciso reconhecer que ontem elas jogaram de forma contundente e arrebatadora. As norte-americanas, especialmente, Walsh, não tiveram a menor chance. Dominaram o jogo do início ao fim e levaram o Brasil de volta a uma final feminina, o que não acontecia desde 2004, quando Shelda e Adriana Behar perderam para Walsh e May.

Agora teremos uma final com 3 atletas olímpicas estreantes, apenas Ludwig já está na sua terceira olimpíada, mas também nunca jogou uma final. É a primeira medalha feminina na modalidade da Alemanha. Do outro lado, teremos uma disputa de bronze que muitos acreditavam seria a final. Temos 3 das últimas medalhistas olímpicas: Walsh - ouro, Ross - prata e Larissa - bronze, além de Talita, que disputa seus terceiros Jogos, mas ainda não medalhou. 

Quem vencerá cada um dos confrontos? Eu jamais me arriscaria a dizer! Mas será, mais do que nunca, uma final entre times que jogam soltos e alegres por estarem vivendo o inédito e uma disputa de bronze entre 4 atletas com o coração despedaçado. Não haveria roteiro mais épico para essas Olimpíadas, devo reconhecer, muito embora nem de longe seja o que eu sonhava.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Dia 12. O dia mais triste.

Nunca escondi de ninguém que uma das minhas maiores motivações para vir aos Jogos Olímpicos era ver Larissa e Talita jogarem e ganharem a medalha de ouro. 

Lógico que, desde o início, imaginava que não fosse ser fácil, o que só foi comprovado ao longo das partidas.

Desde as oitavas, pegando uma chave bem complicada, com rivais históricas, passando por umas quartas para cardíaco, chegaram à semifinal contra a única dupla cujo retrospecto era negativo e, infelizmente, o histórico aumentou desfavoravelmente.

Não quero entrar no mérito do jogo em si, até porque agora isso não vem ao caso. Estou profundamente triste, mas entendo que isso faz parte do jogo. O esporte nem sempre tem a justiça que esperamos, nem sempre os melhores conseguem uma medalha ou a medalha pretendida.

O vôlei de praia tem sido cruel com seus ídolos, principalmente do feminino. A lendária dupla Adriana Behar e Shelda nunca conseguiu a almejada medalha de ouro, assim como Larissa e Juliana, em Londres 2012. 

Larissa é a melhor do mundo, assim como a Marta, mas, infelizmente, nenhuma das duas conseguiu a medalha dourada. Fica um gostinho amargo, mas que, com o passar das horas, dos dias, vamos digerindo. Aos poucos, Deus vai nos dando o discernimento de compreender que, nem sempre as coisas são como queremos ou como achamos que seria justo, que, independentemente do que aconteça, as carreiras vitoriosas dessas atletas e de tantas outras que não subiram ao topo do pódio não fica manchada pela falta da medalha.

De toda sorte, ainda não acabou. Amanhã tem a disputa do bronze no vôlei de praia e Larissa e Talita ainda podem terminar a Olimpíada subindo ao pódio. Vamos torcer e terminar bem os Jogos Olímpicos!

Já já vou para a penúltima sessão que acompanharei nesses Jogos e, apesar de tudo, está valendo muito a pena!


segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Dia 11. Maracanãzinho e Parque Olímpico.

Hoje foi dia de "folga" do vôlei de praia. Depois de estar todos os dias na Arena do Vôlei de Praia, fui conhecer a casa do vôlei de quadra e o Parque Olímpico da Barra.

Mais uma vez utilizando o transporte público, no caso, o metrô, fui para a área do Maracanã. Apesar de a sessão dar direito a dois jogos, acompanhei apenas o primeiro, já que tinha que ir para outra sessão na Barra. Lá, destaque para a torcida argentina, que fez uma bonita festa durante todo o jogo, mais ainda com a garantia da sua classificação em primeiro do grupo.

Depois, uma viagem longa e cansativa até o Parque Olímpico. É preciso usar BRT e metrô para chegar lá.

Em chegando lá, muita caminhada sob um sol escaldante. Resultado: acabei passando mal. Só consegui acompanhar o primeiro tempo do basquete. Brasil x Nigéria, e retornei.

O lugar é bonito, tem uma megastore ainda maior. Valeu ter conhecido.

No táxi, da estação do metrô para onde estou, ouvi a narração do final do segundo set e início do tie break. Quando a televisão aqui finalmente ligou, foi só a tempo de ver o match point de Alison e Bruno contra o time dos EUA.

Um jogo que poderia ser uma final, mas acabou sendo antecipado. Queria destacar a falta de renovação dos EUA e o fraco desempenho na praia: de 4 duplas, 2 foram eliminadas na fase de grupos e agora só resta Walsh e Ross, que, possivelmente, estão em sua última participação olímpica.

Amanhã, teremos 3 semifinais com brasileiros. Larissa e Talita são as primeiras contra as fortíssimas Ludwig e Walkenhorst, depois vêm Alison e Bruno contra a Holanda e, no último jogo do dia, a outra dupla feminina brasileira contra a dupla americana.

Não acredito em jogo fácil em nenhum desses. Larissa e Talita contra as alemãs é um clássico, mas espero um resultado favorável para as meninas e, mais do que isso, desejo que seja um jogo mais tranquilo para o Brasil do que o das quartas.

Vamos juntos!

Ah, agora no finalzinho da noite, bem legar de ver um rapaz tão jovem já faturar um ouro olímpico: boa, Thiago!

domingo, 14 de agosto de 2016

Dia 10. Haja coração!

Ontem foi o dia mais intenso de todos até agora na Olimpíada!

Larissa e Talita estiveram a uma bola de ver o sonho olímpico ruir! Numa partida em que as suíças jogaram o jogo da vida, a dupla brasileira teve que se superar para salvar vários match points e levar a partida para o tie break.



A maioria das pessoas está focando no que deu errado, nos erros que foram cometidos. Sim, é importante rever o que se errou, mas focar no que se acertou.

Salvar match points, ter o sangue frio para colocar bolas no chão na hora do desespero, quando uma bola fora representaria eliminação, revela sim equilíbrio emocional.

E uma jogadora destacar-se mais do que a outra também acontece. O importante é ser um time. O importante é que uma ajude a outra no momento de dificuldade. Isso é parceria. Por isso que se joga em dupla.

Para mim, o melhor jogo da Olimpíada até agora. Chorei, chorei mesmo, mas lágrimas de alegria, de alívio, de sentimento de que, realmente, não era o momento de acabar. Não ontem, não daquele jeito.

Queria destacar também um momento bonito que presenciei: estava jantando, depois do jogo, quando a jogadora suíça entrou no recinto. Uma mesa lotada de brasileiros puxou uma salva de palmas. Ela fez que ia sair, mas acabou entrando e foi novamente aplaudida. Aplaudida sim, porque fez um jogo digno, que só valorizou a vitória brasileira.

No final, sem zebras no vôlei de praia feminino: chegam as 4 melhores duplas, conforme ranking olímpico. Agora? Quem tiver mais técnica, raça e coração, chegará ao topo do pódio. Não existem previsões, existe muita torcida e pensamento positivo. Eu tenho os meus. Escolha os seus. E vamos curtir os últimos dias de Jogos Olímpicos!

Dia 9. Último dia de oitavas de final.

Já está dando aquela sensação de saudades!

Ontem foi o último dia com muitas sessões no dia. A partir de hoje, começam as fases de quartas-de-final e serão menos sessões. Hoje, domingo, serão apenas as femininas; amanhã, segunda, serão apenas as masculinas.

O bom foi que, depois de alguns dias, hoje a manhã foi de descanso e para se preparar para as sessões decisivas de mais tarde, a partir das 16h.

Falando sobre ontem, apenas 2 jogos das oitavas, considerando ambos os naipes, foram decididos no tie break, no caso, dois jogos femininos, os últimos de ontem. Um deles eu vou destacar como o melhor do feminino, que foi entre Holanda e Suíça. O jogo foi super equilibrado, com as equipes se alternando no placar, com viradas depois de pedidos de tempos, mas, no final, vitória da Suíça, e a primeira cabeça-de-chave eliminada: Meppelink e Van Iersel.



No masculino, infelizmente, Pedro e Evandro, depois de um primeiro set arrasador, tomaram a virada dos russos e estão fora das Olimpíadas. O melhor jogo masculino fica para o último, entre EUA e Áustria, de onde saiu o adversário de Alison e Bruno.

As quartas-de-final feminina estão assim: Alemanha x Canadá, Brasil x Suíça, Brasil x Rússia e EUA x Austrália.

No masculino, temos confronto entre Brasil x EUA, Holanda x Holanda, Rússia x Cuba e Itália x Rússia.

Interessante destacar que, no feminino, as primeiras ranqueadas seguem na disputa em sua maioria. Dos 8 times das oitavas, 6 estão entre as 8. No masculino, por sua vez, apenas 4.

Vamos torcer muito! Hoje tem Larissa e Talita!

sábado, 13 de agosto de 2016

Dia 8. Começam as eliminatórias.

O vôlei de praia entra agora em sua fase decisiva: começaram os jogos eliminatórios.

Ontem foi disputada a metade das oitavas de final e, hoje, a rodada será fechada.

As duas duplas femininas brasileiras já jogaram e já garantiram vaga nas quartas-de-final.

Larissa e Talita fizeram um duelo eletrizante contra a dupla 2 da Alemanha. Para quem não acompanha muito, pode não ter se dado conta de que esta era uma partida crucial e dificílima. As alemãs acabaram no "lucky loser" por terem feito uma campanha irregular na primeira fase, mas teriam condições de serem adversárias até mais na frente. São uma dupla muito boa, vice-campeã mundial de 2013 e jogaram muito, mas, felizmente, não foram páreo para a nossa dupla!

O melhor jogo masculino foi entre Cuba e Áustria, com a dupla sensação e surpreendente de Cuba, que segue invita e agora nas quartas-de-final.

Do feminino, seguindo minha regra, destaco a surpreendente vitória da dupla russa contra a Espanha. Recapitulando: esta dupla classificou-se para as Olimpíadas na bacia das almas, na última chance possível, idêntica situação para as oitavas de final, quando veio pela repescagem. Já a dupla da Espanha estava invicta e terminara em primeiro na fase de grupos.



Hoje também foi um dia especial, porque, finalmente, consegui tirar minha foto com o carismático mascote olímpico Vinícius, que foi dar uma passadinha na Arena do Vôlei de Praia ontem. Cheguei um pouquinho antes de fecharem a fila para novas fotos! Ufa!

Bom, galera, vou indo, porque hoje ainda tenho 8 partidas para acompanhar!

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Dia 7. Mais frio e definição da fase inicial.

O dia começou com sol e o primeiro jogo foi quente: mais um show de Larissa e Talita, que não deram chance para o time polonês e carimbaram o passaporte para as oitavas de final em primeiro lugar do grupo.

Porém, com o passar do dia, o frio voltar a dar as caras e não foi embora nunca mais. Este tem sido um lado negativo do vôlei de praia, pois é praticado ao ar livre e aí não tem como mesmo, tem que se submeter às intempéries naturais.

Melhor jogo masculino: superação de Pedro e Evandro para não serem eliminados ainda na primeira fase. Acabaram arrancando importante vitória por 2-1 contra os fortes letões, que acabaram indo embora mais cedo de Copacabana. A dupla do Brasil acabou passando em segundo do grupo e amanhã faz seu jogo válido pelas oitavas de final.

No feminino, um dia de jogos mornos, tirando o das brasileiras, mas o confronto entre Itália e Alemanha 1 também foi bom.

Hoje as duas duplas femininas brasileiras disputam seus jogos pelas oitavas de final. Às 11h e às 16h. Larissa e Talita fazem o jogo da tarde contra a Alemanha 2. Vale muito a nossa torcida!

Lembrando que foi feito o último sorteio das Olimpíadas e, se todas as duplas brasileiras vencerem todos os seus jogos, a final pode ser BRA x BRA em ambos os naipes.

Na chave da Larissa e da Talita temos as holandesas, as canadenses e a Alemanha 1, também favorita. Do outro lado, a tricampeã Kerri Walsh e a vicecampeã de 2012, April Ross.

É isso gente, agora o torneio entre em uma nova fase, em que não se pode mais perder: nem as duplas os jogos, nem você as partidas!!!



quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Dia 6. Muita chuva e frio. Não curti.

Hoje foi o dia menos bom até agora.

Rio de Janeiro não combina com frio e vôlei de praia não combina muito com chuva.

Como o esporte é praticado ao ar livre, hoje foi o dia inteiro de chuva na cabeça e frio, o que faz o longo percurso até a arena ainda mais distante. Registro aqui minha admiração pelos atletas de vôlei de praia, porque não é fácil!

Estas caminhadas todos os dias na areia fofa três vezes por dia, seguidas da subida de escada equivalente a 7 andares, estão deixando meus joelhos e pernas bem doloridos. Estou me exercitando também, portanto.

Falando do que interessa, o melhor jogo feminino foi o da Argentina contra a República Tcheca. Apesar de saírem sem nenhuma vitória, Gallay e Klug foram muito apoiadas pela torcida argentina, que fez uma bonita festa.

Também destaco o jogo anterior, quando Walsh perdeu seu segundo set na história do vôlei de praia em Olimpíadas, mas manteve seu 100% quando o assunto é vitória.

No masculino, não poderia deixar de ser a superação do Alison para voltar para o jogo e ganhar a partida de vida e morte da equipe.

Destaque negativo para o atleta italiano fazendo gestos obscenos para a torcida. Péssimo exemplo, até para as crianças que agora são as agraciadas com a bola ao final do jogo, já que, numa das partidas anteriores, deu confusão com o arremesso da bola para as arquibancadas. Ah, menos o Alison, que ninguém combinou com ele e, no meio da euforia pela vitória, arremessou longe a bola!

Amanhã, serão concluídas as definições dos classificados para as oitavas de final e teremos Larissa e Talita em quadra em busca do primeiro lugar do grupo contra as polonesas e Pedro e Evandro lutando pela sobrevivência.

Vamos torcer para que o tempo melhore, porque não está legal desse jeito não!

Dia 5. Encontrando personalidades e muito frio à noite.

Desculpem só estar fazendo meu post hoje, mas o cansaço e o frio pegaram forte ontem à noite.

O dia começou com muito sol e, infelizmente, mais uma derrota de Pedro e Evandro. Com a segunda derrota, a classificação deles ficou difícil, mas não impossível. Amanhã, a definição.


Ontem também foi dia de Larissa e Talita que tiveram mais uma atuação segura e eficiente, desta vez contra a dupla 2 dos Estados Unidos. Já classificadas para as oitavas de final, elas jogam amanhã para definir o primeiro lugar com a dupla da Polônia. Não preciso nem dizer que a torcida também deu um show!

Falando das melhores partidas, como já avisado, quando tiver Larissa e Talita vou sempre escolher outro, para não votar sempre nelas, então vou destacar Itália e Egito. Mais uma vez o Egito entrou em quadra, só que, desta vez, a dupla teve que jogar de calças, mangas compridas e véu debaixo do forte sol carioca. A torcida, assim como fizera com a Costa Rica na Copa, já elegeu este time como um de seus queridinhos, e tem coro para o Egito sempre! Houve gritos de "eu acredito!", quando o placar já estava suuuuper dilatado a favor das italianas; o nome de uma das atletas (Nada) gritado a pleno pulmão; Maradona, o animador, com aquele coisa de faraó na cabeça puxando um E-GI-TO, OBA, OBA! e também o hino do É o Tchan no Egito: "Ali Babá, Ali Babá". As meninas do Egito não estão passando vergonha de jeito nenhum! Apesar dos placares elásticos, outras duplas melhores ranqueadas estão perdendo também do mesmo jeito. Exemplos: Larissa e Talita bateram as russas por 21-14 e 21-16 e as americanas por 21-16 e 21-13. Walsh e Ross venceram as australianas por 21-14 e 21-13 e as chinesas por 21-16 e 21-9. O Egito perdeu para uma das top seeds, Ludwig e Walkenhorst, por 21-12 e 21-15 e, para as italianas, por 21-13 e 21-10.

Ah, outro time que caiu nas graças do torcedor foi o masculino do Catar, que tem um brasileiro naturalizado e membros da equipe também nossos conterrâneos. Anteontem eles venceram a Espanha e levantaram a galera.

No masculino, vou destacar o jogo de Cuba contra a Letônia. Do mesmo grupo do Pedro e do Evandro, o time é o líder, derrotando duas das fortíssimas equipes. Meio surpreendente, mas, em Olimpíadas, nada deveria surpreender!

Ontem encontrei Paulo Vieira, autor do best seller o Poder da Ação. Ele faz parte da equipe Larissa e Talita no trabalho de coaching e está aqui junto com elas. Também encontrei a Sandra, que também é apaixonada por vôlei de praia e está como voluntária. Ontem ela assistiu ao jogo do Brasil, por exemplo, de dentro da quadra, do ladinho do banco das atletas. Massa, né? Também vi o Oliveira, preparador físico das meninas e o técnico Reis Castro, ambos cearenses, como eu.

Bom galera, vou indo que já já tem o fechamento da fase preliminar para alguns grupos. Depois de amanhã, começam as eliminatórias! Mais emoção em vista!

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Dia 4. Dia do primeiro ouro brasileiro da Rio 2016.

Terceiro dia de competições no vôlei de praia.

Infelizmente, mais uma derrota para o Time Brasil com Alison e Bruno, mas, ainda assim, foi o melhor jogo masculino para mim. A torcida mais uma vez deu aquele show. E não tem nada perdido e a classificação virá! 



No feminino, meu jogo preferido fica com a partida entre Espanha e República Tcheca. Lili e Elsa jogaram de forma muito vibrante e contagiaram a arena.

Em relação às sessões, as melhores são as que contam com times brasileiros, pois a animação é maior, mas a sessão com mais atrativos é a noturna.

A arena conta com jogo de luzes e banda ao vivo (na da tarde também tem banda). Fica parecendo uma boate e dá um clima ótimo, que ajuda a espantar o sono de quem já viu 8 jogos no dia.

Destaque também para as torcidas estrangeiras que, quando não jogam contra o Brasil, conseguem fazer um bonito show! Há animados e muitos alemães, holandeses, australianos, canadenses, argentinos e dos EUA, entre outros, que apoiam mesmo seus times.

Mas hoje não é dia de vôlei de praia: é dia de Rafaela Silva, primeira medalhista brasileira de ouro do Rio 2016, logo ela que é natural daqui mesmo e que tinha sido massacrada pelas redes sociais há 4 anos. Agora vão falar muito dela de novo nas redes sociais, mas coisas maravilhosas! Mais uma para a galeria de medalhas da superação, juntando-se à mesma galeria em que coloco Maurren Maggi e a Seleção Feminina de Vôlei em ambas as conquistas. São essas histórias que fazem as Olimpíadas serem essa paixão para mim.

Não vi ao vivo, porque estava na arena, mas torci quando foram narrando cada parte do final da luta e me emocionei ouvindo o áudio do hino e vendo o vídeo do pódio que me mandaram também.

Por hoje é só que o sono está me chamando!

Até amanhã (ou seria hoje?), que é dia de Larissa e Talita contra Fendrick e Sweat, às 16:30h! 

domingo, 7 de agosto de 2016

Dia 3. Muitas emoções no vôlei de praia.

O dia começou cedo para mim e, já na chegada à Arena, tive a grata surpresa de encontrar boa parte da Equipe Larissa e Talita, sim elas são a comissão de frente, mas tem muita gente por trás dando substrato.



Sobre a estreia delas, foi muito emocionante presenciá-las na Arena Olímpica pela primeira vez ao vivo. Apresentaram muita seriedade, vibração e volume de jogo. Acho injusto falar que foi fácil: elas tornaram fácil pela postura de jogo que tiveram. Não vou eleger o jogo delas como o melhor do feminino, porque elas são "hors concours" para mim. Antes de concluir o adendo "fã", tenho que dizer que Talita lacrou defendendo o povo brasileiro das críticas dos jornalistas estrangeiros (leia aqui). Fim do momento fã.

Então, o melhor jogo do feminino fica com Egito e Alemanha 1 (Ludwig e Walkenhorst). As egípcias chamaram atenção pelo seu uniforme de jogo e pela forma aguerrida como enfrentaram um dos times favoritos a medalha nestes Jogos. O placar não foi feio, apesar da derrota por 2 sets a 0, e a torcida foi junto com elas. Ressalte-se que as meninas são bastante novas: 18 e 19 anos e representaram muito bem o Egito na partida de estreia!

Menção honrosa para Laura Giombini, da Itália, que chegou de última hora para preencher uma lacuna e fez um jogo muito empolgante, chegando a vencer o primeiro set da parceria com Menegatti. Mesmo não sendo bloqueadora, bloqueou e muito e chamou a atenção pelas comemorações efusivas. Uma chance incrível que ela está honrando!

Por falar em torcida, na sessão da tarde tivemos a maior lotação da Arena, pelo menos na minha impressão, e o show foi lindo no jogo do Pedro e do Evandro, uma pena que não tenha sido o resultado esperado (perderam por 2 sets a 1 para Cuba). Melhor jogo masculino para este que também foi muito bom dentro de quadra, com sets decididos sempre pela vantagem mínima.

Destaque de novo para "O melhor do Brasil é o brasileiro". Algumas pérolas da Arena (algumas são de ontem):


  • Samoilovs, da Letônia, chegou aqui com o apelido de King Lion, pela vasta cabeleira. A Arena o batizou de "Biro Biro" e o empurrou até o fim com a nova alcunha. Falta alguém explicar do que se trata;
  • No meio do jogo do polonês Fijalec, que usa um rabo de cavalo, alguém gritou "vai, Safadão";
  • Ana Paula, ex-jogadora da quadra e da praia, faz entrevistas com as pessoas da Arena. Ontem, presenciamos o seguinte diálogo:
    • AP: Qual o seu jogador favorito no vôlei de praia, menino ou menina?
    • TORCEDOR: Meninas.
  • Hoje:
    • AP: Você gosta de vôlei?
    • TORCEDOR MIRIM: Gosto.
    • AP: Quem é seu jogador preferido?
    • TORCEDOR MIRIM: Neymar.
Destaque negativo de novo para as vaias: podemos torcer e incentivar o Brasil sem vaiar o adversário. O locutor estrangeiro chegou a pedir respeito algumas vezes, mas em inglês.

A rotina está bem puxada, com intervalos curtos entre as sessões, mas está valendo muito a pena!

Até mais!



sábado, 6 de agosto de 2016

Dia 2. Arena do Vôlei de Praia.

Considerando o avançado da hora e o cansaço de quem acompanhou 12 partidas de vôlei de praia olímpico, o texto de hoje tentará ser bem sucinto.



Hoje foi meu primeiro dia na Arena do Vôlei de Praia, que está lindíssima! A sessão em que ela esteve mais lotada foi a da tarde.

Na primeira sessão, fiquei na categoria C, de ingressos mais baratos, e minha fila era a W (sim, era por ordem alfabética e eu nem lembrava onde esta letra ficava). Pude então experimentar a sensação de estar quase no topo do prédio de sete andares. Depois, fui para a B, ficando na fila T, e terminei na A, na fila D.

A visão de todas as sessões era boa. A pior mesmo foi a A, acreditem. Como a área também é usada para as comissões técnicas e pelos animadores, por várias vezes tive minha visão prejudicada por alguém com uma câmera... Sem contar que lugares nas pontas são um pouco ruins (fiquei neles nas duas últimas sessões), pois os espectadores passam o tempo inteiro se levantando, seja para tirar selfies ou irem ao bar.

Esportivamente, o jogo que mais gostei no masculino foi o de Alison e Bruno contra a dupla do Canadá. A torcida jogou junto e, por várias vezes, me arrepiei. Talvez tenha sido um pouco mais difícil do que o esperado, mas a vitória por 2 sets a 0 veio.

No feminino, elejo a partida entre Holanda e Costa Rica, pois as holandesas jogaram com uma energia e empolgação acima do que me lembrava de ter visto nos jogos do Circuito Mundial. Ponto para Meppelink e Van Iersel e para os torcedores vestidos de laranja.

Ponto negativo: a torcida vaiar os gritos de guerra dos torcedores argentinos. Uma torcida que eu admiro é a deles, porque eles cantam alto, mesmo sendo poucos, mas eram sempre abafados por gritos mal educados dos meus compatriotas em maioria. Me julguem! Sim, estava torcendo pelas argentinas, Gallay e Klug, las gloriosas campeonas panamericanas, que estão fazendo história aqui no Brasil.

Esses jogos noturnos estão acabando muuuuito tarde e fazem desejarmos que não haja tie break! Mas é uma das sessões mais animadas e a arena vira quase uma boate, com jogos de luzes e música alta.

No mais, amanhã é um dia muito especial para mim, porque será a estreia das minhas queridas Larissa e Talita. Quem não esteve no mundo do vôlei de praia ou na minha companhia nos últimos meses e não sabe quem elas são pode procurar as entrevistas que ambas deram para este Blog.

Amanhã tem mais!!!

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Dia 1. A(ven)bertura olímpica.

Acabei de chegar do Dia 1 do Rio 2016 para mim e foi um dia bastante cheio!

Cheguei na Cidade Olímpica já no dia 5 e fui conhecer a Megastore localizada na Praia de Copacabana. Um prato cheio para os amantes olímpicos, embora os preços não sejam tão acolhedores. Acaba que não temos como resistir. 


Fazendo o caminho de volta, cruzei com alguns protestos.

Aventura mesmo foi encarar a ida e a volta do Maracanã de metrô, mas, acreditem, principalmente na volta, que era o que mais me preocupava, tudo funcionou com perfeição! Imaginem a quantidade de pessoas que tinha na abertura sendo escoada toda pelo mesmo canto... Dá pânico só de pensar! Mas tudo transcorreu num clima de tranquilidade e rapidez, graças a Deus!

Já sobre a abertura propriamente dita, deu para compartilhar espírito olímpico com várias pessoas que nutrem a mesma paixão! Conheci uma senhora da Austrália cujo chapéu traz os logos de uns 15 Jogos, desde Munique, mas não são simples decalques, são lembranças das Olimpíadas em que ela esteve. Yes, temos uma inspiração! (rs)


Também falei com uma senhora da Suíça que conhecia muitos dos atletas de praia brasileiros, graças à Etapa de Gstaad, e me deu até um adesivo com a bandeira do seu país.



Já no estádio, conheci um filipino que mora há 30 anos nos EUA, um grupo animadíssimo dos EUA também e um casal mineiro, radicado em Brasília, que fez o percurso de volta comigo no metrô.

Sobre a cerimônia em si, o momento mais emocionante para mim foi ver Yane Marques sendo exatamente o que ela prometeu ser: uma porta-bandeira alegre! Me senti representada por ela: mulher, nordestina e feliz!

Mas também adorei ver a Sandra Pires, entrevistada deste Blog, carregando a bandeira olímpica com tantos outros ícones esportivos.


Ah, nas Olimpíadas, também têm os famosos copos colecionáveis que fizeram a cabeça da gente na Copa e contribuíram para a limpeza dos estádios. Para quem bebe, haja fígado para juntar as 42 modalidades olímpicas! (kkkkkkk)

Bom, galera, tudo está só começando e amanhã (ou já já) começa a maratona de vôlei de praia. Serão 12 partidas amanhã, incluindo a do nosso querido Alison, que deu entrevista aqui para o Blog.

Fiquem ligados!

Obrigada, meu Deus, por tudo isso que estou vivendo!

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Desabafo olímpico



Os últimos meses e dias (e até anos) foram de preparação não apenas para os atletas que participarão dos Jogos Olímpicos Rio 2016, como também para aqueles que, como eu, vão acompanhar como espectadores.

Resolver detalhes como ingressos, hospedagem, passagens, deslocamentos, calendário, ufa! Muitas coisas! E coisas que não se resolvem do dia para a noite, nem muito menos de graça.

Como se não bastasse, os últimos dias foram de conviver com notícias negativas vindas de todas as direções. Frequentemente, fomos bombardeados com todo tipo de informação capaz de gerar preocupação. Sem contar as inúmeras críticas, piadas e acusações.

Infelizmente, estamos às portas dos Jogos e não vejo nenhuma empolgação da população. Pode ser que, com o início das competições, isso melhore. Quanta diferença de 7 anos atrás, não? Vejam o vídeo abaixo.


Para se ter uma ideia, perambulando no último sábado por lojas do comércio popular da minha cidade, perdi a conta de em quantas lojas entrei para encontrar uma bandeira do Brasil, realidade bem diferente da de 2 anos atrás quando era a Copa do Mundo. Imagino que, daqui a 2 anos, na próxima copa, também não teremos dificuldade em encontrar artigos temáticos. Ah, quando finalmente encontrei, a vendedora disparou: para os protestos de amanhã, né? Ao que prontamente respondi: não, para as Olimpíadas.

Gostar de Olimpíadas e se empolgar com elas não é alienação. Tenho plena consciência de todos os problemas que o País enfrenta e só tento não me contaminar pelo clima de negativismo que parece ter tomado conta de tantos de nós. O planejamento do Brasil para os Jogos e daqueles que vão se deslocar para o Rio neste mês de agosto não é algo que surgiu agora, mas que vem de anos.


Sonho não se explica ou se critica ou se afixa um valor monetário a ele. Ou você apoia o sonho de alguém ou simplesmente se abstém. Essa é a minha opinião. 


Não espero que ninguém entenda o que os Jogos Olímpicos significam para mim e para muitas pessoas. Só espero o mínimo, que é respeito, não por mim, que sou uma parte insignificante de todo o processo, só mais uma espectadora e apaixonada por esportes, mas para com todos que estão ali vivendo “O” momento de suas vidas.

Bom Rio 2016 para todo mundo! Nos vemos por lá (ou por aqui, como queiram)!

E, como diria Maria da Graça, a famosa apresentadora infantil que marcou a infância de muitos, "de hoje em diante, só quero boas notícias!". #partiurio

PS: Dedico este post para as pessoas que, como eu, estão sonhando com os Jogos Olímpicos, apesar de todas as dificuldades.