quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Dia 13. Boulervard e final olímpicas.

Para falar sobre este meu último dia participando de competições no Rio, vou fazer duas postagens. A primeira será esta, que tratará de aspectos esportivos, a outra será mais pessoal.

Bom, tirei a manhã para conhecer o Boulevard Olímpico. Trata-se de uma área revitalizada que recebeu diversas atrações para festejar os Jogos.

Indubitavelmente, é o espaço mais democrático das Olimpíadas. Para entrar lá, não precisa de ingresso, mas, estando lá, você pode sentir bem o clima olímpico. Pode tirar fotografias com a escultura dos Jogos e até mesmo com a pira olímpica que, pela primeira vez na história, não está presa a um estádio, mas no meio do povo. Legal, né?

A pira está lá linda, com a chama olímpica, aquela mesma que ajudei a carregar, flamejando e mantendo aquecido nossos corações.

A noite estava reservada para minha última sessão para a qual tinha ingresso: bronze e final olímpicas femininas.

No bronze, infelizmente, Larissa e Talita não conseguiram a medalha, que ficou com Walsh e Ross.

Na final, a medalha mais cobiçada também não ficou com as brasileiras Ágatha e Bárbara.

As alemãs Ludwig e Walkenhorst tiveram uma apresentação segura, estando à frente em todos os momentos e não dando chances de a medalha escapar.

Kira foi um monstro no bloqueio. Laura não deixava cair nada. Nem o vento forte e inesperado foi obstáculo. No final, festa da torcida alemã que incentivou o tempo inteiro, mesmo em reduzido número. Os gritos de Laura-Kira, que ouvi desde a primeira partida delas, contra o Egito, ecoaram mais alto.

Laura Ludwig, ou Lud, é uma atleta que também admiro e a medalha de ouro ficou bonita nela. Uma atleta meio moleca, que faz a festa no pódio, que sabe falar algumas palavras em português, que parece nunca ter sentido o peso de estar numas Olimpíadas. Lembro de, saindo da arena depois da derrota da semifinal, acompanhada de alguns parentes da Larissa, ter encontrado com ela, que fez uma cara triste e pediu desculpas em português, prontamente abraçando. Também recordo de, em março, tirar foto com ela, que organizou uma animada fila e atendeu todo mundo, gritando próximo para cada nova foto e dizendo último quando chegou minha vez.

Enfim, estive em cada uma das sessões em que houve jogos femininos nestas Olimpíadas. Vi cada jogo e tive a certeza de que estivemos diante de uma das Olimpíadas mais difíceis de todos os tempos. O final não foi de longe o que eu esperava, mas não posso deixar de me sentir privilegiada e grata a Deus por ter presenciado de tão perto tudo isso.

Vai deixar saudades! Já estou com saudades!

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