terça-feira, 16 de agosto de 2016

Dia 12. O dia mais triste.

Nunca escondi de ninguém que uma das minhas maiores motivações para vir aos Jogos Olímpicos era ver Larissa e Talita jogarem e ganharem a medalha de ouro. 

Lógico que, desde o início, imaginava que não fosse ser fácil, o que só foi comprovado ao longo das partidas.

Desde as oitavas, pegando uma chave bem complicada, com rivais históricas, passando por umas quartas para cardíaco, chegaram à semifinal contra a única dupla cujo retrospecto era negativo e, infelizmente, o histórico aumentou desfavoravelmente.

Não quero entrar no mérito do jogo em si, até porque agora isso não vem ao caso. Estou profundamente triste, mas entendo que isso faz parte do jogo. O esporte nem sempre tem a justiça que esperamos, nem sempre os melhores conseguem uma medalha ou a medalha pretendida.

O vôlei de praia tem sido cruel com seus ídolos, principalmente do feminino. A lendária dupla Adriana Behar e Shelda nunca conseguiu a almejada medalha de ouro, assim como Larissa e Juliana, em Londres 2012. 

Larissa é a melhor do mundo, assim como a Marta, mas, infelizmente, nenhuma das duas conseguiu a medalha dourada. Fica um gostinho amargo, mas que, com o passar das horas, dos dias, vamos digerindo. Aos poucos, Deus vai nos dando o discernimento de compreender que, nem sempre as coisas são como queremos ou como achamos que seria justo, que, independentemente do que aconteça, as carreiras vitoriosas dessas atletas e de tantas outras que não subiram ao topo do pódio não fica manchada pela falta da medalha.

De toda sorte, ainda não acabou. Amanhã tem a disputa do bronze no vôlei de praia e Larissa e Talita ainda podem terminar a Olimpíada subindo ao pódio. Vamos torcer e terminar bem os Jogos Olímpicos!

Já já vou para a penúltima sessão que acompanharei nesses Jogos e, apesar de tudo, está valendo muito a pena!


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