Guto é um
dos mais fortes nomes da nova geração do vôlei de praia brasileiro. Com pouco
tempo de carreira, já se destaca no cenário internacional, tendo conquistado
duas medalhas no Circuito Mundial, uma delas de ouro, ao vencer o Open de
Cincinnati, nos EUA, algumas semanas atrás.
Guto no Sofia nos Jogos |
Jogando com
Saimon e sob o comando da laureada técnica Letícia Pessoa, seu nome começa a
ser apontado como um dos que pode representar o Brasil em Tóquio 2020, o que,
para ele, não é motivo de deslumbramento, mas de mais dedicação e empenho.
Nessa
entrevista, o Superboy, apelido dado pela equipe de animação do Circuito
Brasileiro, muito por causa dos seus voos espetaculares para realizar defesas,
ele falou conosco sobre suas memórias e expectativas olímpicas!
1.
Qual sua
lembrança mais antiga de Olimpíadas?
Final feminina do vôlei de praia nas Olimpíadas de 1996...
Jackie e Sandra. Não me pergunte como me lembro disso, porque realmente não sei!
Mas é uma lembrança muito marcante para mim!
Guto no pódio da Etapa de Fortaleza 2016 |
2.
Qual(is)
o(s) momento(s) olímpico(s) mais marcante(s) para você como espectador?
Olimpíadas de Atenas em 2004. Maratona. Vanderlei
Cordeiro de Lima. Eu tinha só 11 anos e ainda não tinha dimensão de todo
trabalho envolvido por trás de um atleta olímpico, mas, ver um atleta, ainda
mais brasileiro, que estava liderando a prova, ser literalmente boicotado por
um fator externo, foi muito triste. E aí, quando achava que tinha visto tudo,
vi o Vanderlei seguir sorrindo, vindo comemorando pela medalha conquistada. Ele
podia estar triste, lamentando, se justificando, afinal, o ouro foi tirado das
mãos dele, mas preferiu comemorar a medalha de bronze e enaltecer o apoio da
torcida. Naquele dia, ele deu uma grande lição como atleta e como pessoa!
3.
Quem são
seus ídolos olímpicos/esportivos, independentemente da modalidade e por quê?
Emanuel. Sem dúvida nenhuma. Já era fã dele, depois
que o conheci pessoalmente, que tive a oportunidade de conviver e treinar com
ele, fiquei mais fã ainda! Uma pessoa sensacional, humilde, educada. Um atleta
exemplar, focado, determinado. É minha grande inspiração.
Guto em ação no Superpraia 2016, em João Pessoa |
4.
Quando você
vê as Olimpíadas na TV, se imagina fazendo parte delas?
Claro!!! Esse é o meu maior objetivo. Acho que
tenho isso em mente desde que comecei a jogar vôlei. Acredito que é a coroação
de todo um trabalho, tanto para o atleta, quanto para todos os envolvidos: comissão
técnica, família, amigos.
5.
Como você
vai acompanhar os Jogos Rio 2016? Tem ingressos?
Por enquanto, vou ter que assistir pela TV... Acho
que consegui ser o mais azarado no quesito ingressos nas Olimpíadas! Me
inscrevi no sorteio para várias modalidades, em várias fases diferentes, mas não
fui sorteado para nenhum jogo! (rs) Estou aceitando doações! Bem, estou
tentando ver o lado positivo de não ter sido sorteado... Dizem que azar no
jogo, sorte no amor! Assim espero!
6.
Como você
se sente vendo seu nome cogitado como forte no novo ciclo olímpico? É cedo para
pensar sobre isso?
É muito
gratificante, porque não deixa de ser um reconhecimento do meu trabalho, mas
tenho os pés no chão e sei que tenho uma longa caminhada pela frente. O próximo
ciclo olímpico começa, teoricamente, quando terminarem as Olimpíadas do Rio,
mas, para mim, já começou. Estou completamente focado nas Olimpíadas de 2020,
no trabalho a curto, médio e longo prazo a ser desenvolvido. Tenho minhas
metas muito bem definidas. Não vai ser fácil. A vida de atleta em si não é
fácil. Temos que abdicar de muitas coisas, mas nada que me faça desistir desse
sonho! Vou continuar trabalhando muito duro em busca dessa vaga e, graças a
Deus, conto com todo suporte da minha comissão técnica, da minha namorada, meus
familiares, amigos e torcedores.
Sofia nos Jogos e Guto, no Open Rio 2015, quando ele faturou a medalha de bronze |
Fotos: Arquivo Pessoal do Blog
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